Autor: Rui Leitão
Fonte: Blog pessoal do autor
Conheci o senador Cícero Lucena quando ele sequer imaginava ingressar na política. Naquele tempo eu era superintendente administrativo do Paraiban e ele empresário da construção civil. Homem simples, com uma extraordinária visão de negócios, não conhecia, nem dominava, as nuances dos bastidores da atividade política.
Foi surpreendido pelo convite do então candidato a governador Ronaldo Cunha Lima para ser seu companheiro de chapa, quando o líder campinense patinava em percentuais de um dígito nas pesquisas realizadas na época. Enfrentou o desafio com a coragem que sempre foi a sua marca de sertanejo que não teme enfrentar obstáculos, por maiores que sejam. Tornou-se vice-governador e parceiro importante na condução dos destinos do Estado, consolidando uma amizade com Ronaldo que o fazia se sentir como um integrante da família Cunha Lima. Assim se comportou até os dias de hoje.
Por vários momentos deu claras demonstrações de lealdade e de obediência á liderança do clã Cunha Lima. Abdicou da condição de ser candidato a governador numa eleição que se prenunciava fácil de ser vitoriosa principalmente em razão do apoio também de José Maranhão, em nome da amizade a Ronaldo que pedia a oportunidade para o seu filho. Quando prefeito, de certa forma comprometeu a administração do seu segundo mandato, ao se dedicar integralmente na campanha de Cássio. No episódio do Gulliver mostrou-se um companheiro solidário a qualquer custo na defesa de Ronaldo Cunha Lima.
Os sertanejos são assim, trazem na personalidade a consciência de quanto é importante manterem-se fiéis aos amigos ou parceiros de qualquer jornada.
De repente percebeu que a recíproca não era verdadeira.
Aqueles por quem sempre manifestou companheirismo e amizade passaram a confundir solidariedade e lealdade com submissão, subserviência. Subestimaram a sua capacidade de percepção política. Não perceberam que o discípulo de antes, aprendeu rápido, e agora dá aulas de articulações no jogo político. Ignoraram o seu espírito de altivez. Duvidaram da sua independência.
Pacientemente montou estratégias que são respostas às desconsiderações que vem sofrendo nos últimos meses. A criatura de repente deu um xeque-mate no grupo responsável por sua formação política. Jogou com inteligência. Em outras palavras: o senador deu um nó no ex-governador. Um nó que não está fácil de desatar.
Permanecendo no PSDB Cássio se tornou refém de Cícero. Mantendo sua candidatura ao governo do Estado, como parece estar determinado a fazer, Cícero inviabiliza a possibilidade de Cássio e alguns seguidores do ninho tucano manifestarem publicamente apoio a candidato de outro partido, sob pena de cometerem o crime da infidelidade partidária. Se querem pleitear disputa nas eleições deste ano têm que acompanhar a indicação de candidatura própria do seu partido.
O nó só será desatado se o próprio Cícero quiser. Apenas a renúncia à sua candidatura ao governo do Estado pode liberar seus correligionários tucanos a voarem em direção a outros ninhos partidários, sem prejuízo de suas aspirações políticas. Pelas manifestações do senador essa renúncia está muito difícil de acontecer. O nó parece estar ficando cada vez mais firme.
Conheci o senador Cícero Lucena quando ele sequer imaginava ingressar na política. Naquele tempo eu era superintendente administrativo do Paraiban e ele empresário da construção civil. Homem simples, com uma extraordinária visão de negócios, não conhecia, nem dominava, as nuances dos bastidores da atividade política.
Foi surpreendido pelo convite do então candidato a governador Ronaldo Cunha Lima para ser seu companheiro de chapa, quando o líder campinense patinava em percentuais de um dígito nas pesquisas realizadas na época. Enfrentou o desafio com a coragem que sempre foi a sua marca de sertanejo que não teme enfrentar obstáculos, por maiores que sejam. Tornou-se vice-governador e parceiro importante na condução dos destinos do Estado, consolidando uma amizade com Ronaldo que o fazia se sentir como um integrante da família Cunha Lima. Assim se comportou até os dias de hoje.
Por vários momentos deu claras demonstrações de lealdade e de obediência á liderança do clã Cunha Lima. Abdicou da condição de ser candidato a governador numa eleição que se prenunciava fácil de ser vitoriosa principalmente em razão do apoio também de José Maranhão, em nome da amizade a Ronaldo que pedia a oportunidade para o seu filho. Quando prefeito, de certa forma comprometeu a administração do seu segundo mandato, ao se dedicar integralmente na campanha de Cássio. No episódio do Gulliver mostrou-se um companheiro solidário a qualquer custo na defesa de Ronaldo Cunha Lima.
Os sertanejos são assim, trazem na personalidade a consciência de quanto é importante manterem-se fiéis aos amigos ou parceiros de qualquer jornada.
De repente percebeu que a recíproca não era verdadeira.
Aqueles por quem sempre manifestou companheirismo e amizade passaram a confundir solidariedade e lealdade com submissão, subserviência. Subestimaram a sua capacidade de percepção política. Não perceberam que o discípulo de antes, aprendeu rápido, e agora dá aulas de articulações no jogo político. Ignoraram o seu espírito de altivez. Duvidaram da sua independência.
Pacientemente montou estratégias que são respostas às desconsiderações que vem sofrendo nos últimos meses. A criatura de repente deu um xeque-mate no grupo responsável por sua formação política. Jogou com inteligência. Em outras palavras: o senador deu um nó no ex-governador. Um nó que não está fácil de desatar.
Permanecendo no PSDB Cássio se tornou refém de Cícero. Mantendo sua candidatura ao governo do Estado, como parece estar determinado a fazer, Cícero inviabiliza a possibilidade de Cássio e alguns seguidores do ninho tucano manifestarem publicamente apoio a candidato de outro partido, sob pena de cometerem o crime da infidelidade partidária. Se querem pleitear disputa nas eleições deste ano têm que acompanhar a indicação de candidatura própria do seu partido.
O nó só será desatado se o próprio Cícero quiser. Apenas a renúncia à sua candidatura ao governo do Estado pode liberar seus correligionários tucanos a voarem em direção a outros ninhos partidários, sem prejuízo de suas aspirações políticas. Pelas manifestações do senador essa renúncia está muito difícil de acontecer. O nó parece estar ficando cada vez mais firme.